Ninguém gosta de morrer ou que outras pessoas morram, então temos uma tendência a evitar o assunto.
Nós não falamos sobre isso, é um tabu e assim por diante.
Mas quanto mais evitamos, mais problemas acontecem e se enfrentarmos o fato de que estamos todos destinados a morrer e que não sabemos quando morreremos, pode ser muito rápido ou talvez leve algum tempo, mas não importa se você é jovem ou velho, todos nós encontraremos a morte, a qualquer momento, não sabemos quando isso acontecerá.
Então, por que não olhar para ela e de fato contemplá-la e encontrar uma maneira de lidar com ela?
Então, primeiramente, a morte é uma companheira muito fiel, sempre a morte estará ao nosso lado e nunca irá embora, seu parceiro ou namorada ou esposa ou marido pode dizer:
“Você está livre agora, você pode ir!”
Mas a morte nunca diz isso.
E então por que não pensamos nela como a companheira mais bela?
“Eu gosto de estar sempre com você…
Você não irá embora, de qualquer forma então eu gosto de estar com você e eu gosto de desfrutar da sua companhia.”
Então, ver a morte como a companheira mais bela é uma maneira de lidar com a morte.
E com base nisso, como vivemos.
Certo, não sabemos quanto tempo viveremos, então precisamos viver plenamente a cada momento.
Essa é a ideia.
E então o que eu tenho feito com hospices em diferentes países é capacitar voluntários ou clínicos, assistentes sociais, enfermeiros e médicos, para fazer esse trabalho, o que eu chamo de “Círculo da Vida”.
Então pergunte à pessoa que está diante da morte, pergunte-se também, uma frase, um lembrete, que tipo de coisas eu gostaria de dizer?
Algo curto para repetir para mim sempre que eu enfrento dificuldades ou a morte, “Respire e sorria.”
Essa é uma maneira muito boa de determinar nossa consciência quando estamos diante da morte ou “Eu gosto de ser amoroso, grato.”
Esta é uma. ou talvez se você for cristão, você pode dizer talvez: “Jesus, minha alegria!”
Esta é uma grande música de Bach.
“Jesus, minha alegria” é uma forma maravilhosa de morrer e se você é budista, talvez um mantra seja bom, “Gate gate…” ou qualquer tipo de mantra.
“Sva Ha!” é bom.
“Alegria, bênção, êxtase!”
“Sva Ha!”
Então, é assim que moldamos nossa consciência.
Nós combinamos com um círculo.
Usamos pastel oleoso sobre papel e depois fazemos sete círculos.
O primeiro está feito e o segundo está feito, mas fica bom e depois usamos outros sete círculos sobrepostos com outra cor e depois outra cor, três cores.
Então vai parecer uma rosquinha
Mas mesmo que as pessoas estejam deitadas na cama, muito perto de morrer, elas também podem fazer isso.
E então olhamos para a imagem, podemos esquecer as palavras, mas isso nos lembra da alegria das várias cores e forma maravilhosa para o tempo da morte.
Eu acho que seria bom ter música também.
Ouça este texto na voz de Kazuaki Tanahashi:
SOBRE O AUTOR:
Nascido no Japão em 1933, Kazuaki Tanahashi é artista, tradutor, ativista e erudito Zen Budista. Mudou-se para os Estados Unidos em 1977 para atuar como tradutor e professor residente no San Francisco Zen Center (fundado por Shunryu Suzuki Roshi). Mestre calígrafo e artista treinado no Japão, tem ensinado e feito exposições ao redor do mundo há 50 anos, é criador do gênero de pintura em um único traço e dos círculos Zen multicoloridos. Escritor, editor e tradutor prolífico, produziu mais de quarenta livros em inglês e japonês, incluindo o conjunto amplo dos ensinamentos do Mestre Zen Dogen. Como ativista ambiental, foi o secretário fundador do Plutonium Free Future. Ativista da paz, trabalhou contra a corrida armamentista nuclear e nas duas Guerras do Golfo, é diretor fundador do Ten Millenium Project e da iniciativa A World Without Armies para a desmilitarização das nações. Também é membro da Academia Mundial de Arte e Ciência, fundada por Albert Einstein. Para saber mais: https://www.brushmind.net/