Maria, vivemos cercados de gente e, mesmo assim, cada vez mais longe uns dos outros.
A gente pode morar anos no mesmo prédio sem saber o nome do vizinho.
Dar só aquele “bom dia” rápido no elevador.
Ou, pior, fingir que não viu o colega de escola passando na calçada.

É como se todo mundo tivesse se encolhido no próprio mundo — cada um fechado no que precisa resolver.

Mas eu quero te dizer uma coisa simples:
uma palavra pode pesar toneladas.
Pode derrubar um sonho ou sustentar alguém por mais um dia.

Às vezes, tudo que alguém precisa é ser visto.
Uma palavra leve, um gesto pequeno, um “bom dia” dito de verdade.

É pouco, mas muda tudo.

Então, bom dia, filha.
Que o teu dia seja cheio desse tipo de palavra.
E que você também aprenda a oferecê-las.

Com amor,
Papai.

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