Quando disserem que você não é a pessoa ideal não fica triste.

Porque significa na verdade que você existe.

O que nunca vai existir a perfeição principalmente para quem idealiza em alguém a cura da própria insatisfação.

Já reparou que a gente nunca é bom o bastante para quem está sempre insatisfeito?

Às vezes um comentário que diz que tá bom mas não está perfeito ou aquela cobrança de que você tem que ser exatamente daquele jeito.

E é daquele, nunca o seu, sempre eu dele, do outro do lado

É aquela sensação de que o que você faz, ou não está direito, ou está errado.

A gente vai acreditando em tudo menos na gente.

E aí vai até se anulando se escondendo.

Acaba sendo que dizem e desaparecendo.

Mas é preciso passar pela autocrítica para chegar na autovalorização.

Pra parar de procurar na ilusão de quem não se aceita a sua aceitação.

A solução não é ter que acreditar que o amor é cego.

Mas é sobre não fechar os olhos para as nossas próprias imperfeições pra ver que tá tudo certo.

Para encontrar alguém que quando percebe a sinceridade não se afasta ou se decepciona mas enxerga reciprocidade e se apaixona;

Aí cada um vai ser imperfeito do seu jeito.

Em comum?

Respeito.

Ouça este poema na voz do poeta Allan Dias Castro:

SOBRE O AUTOR:

Allan Dias Castro é poeta e tem a escrita como base para todos os seus projetos, de letras de música a programas de tv. Formado em Comunicação Social pela ESPM-RS, cursou Escrita Criativa na Escola de Escritores de Barcelona, na Espanha.

Gaúcho radicado no Rio de Janeiro, Allan lançou seu primeiro livro, O Zé-Ninguém, em 2014. Suas letras já foram musicadas por grandes nomes, como Roberto Menescal, e ele já declamou seus poemas ao lado de artistas como Oswaldo Montenegro e Marcos Suzano.

Desde 2016, integra o Reverb Poesia (@reverbpoesia), banda que viaja por todo o Brasil apresentando sua mistura de música e poesia falada. Com o Voz ao Verbo, projeto de vídeos com poemas autorais que deram origem a este livro, busca facilitar o acesso do público à poesia.

“Poeta é quem toma liberdades com a língua e o Allan Dias Castro faz isso com maestria. Sua poesia, sua prosa poética, seus epigramas e aforismos – e suas letras de musica – são exercícios de extrema liberdade. E entre o lírico, o satírico e o bem bolado, ele nos leva junto em cada voo.” Apresentação de Luis Fernando Verissimo para “O Zé-Ninguém”, livro lançado em 2014.

Você pode ler mais e conhecer o Allan Dias Castro: allandiascastro.com.br

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