É impossível ficar com a mesma pessoa por muito tempo.
Até porque, nem você vai continuar igual.
Manter os mesmos relacionamentos não significa se repetir.
E nem insistir em velhos erros.
A gente muda de ideia, de planos, muda de assunto.
Mas quando o sentimento continua sendo especial a gente muda junto.
Relacionamento longo é como um filme que você já viu.
Mas hoje chorou naquela parte em que já riu.
E no fim chega à conclusão: nós somos iguais, mudamos demais
E somos inconstantes, porque somos personagens reais
E as maiores amizades, também são assim sem cobrança acompanhando as mudanças.
É só pensar naquele grande amigo que você reencontra depois de muito tempo
Não dá para querer que sejam os mesmos papos, as mesmas atitudes.
Cada um foi por um caminho.
Mas, por mais que tudo mude continua o mesmo carinho.
Reconhecer essas longas amizades ou relacionamentos é entender que essas pessoas fazem parte da sua história.
E aí, se for preciso mude o cenário, esqueça os dramas só guarde as cenas boas na memória.
E mude o “mais do mesmo”, pelos mesmos, mas cada vez mais.
Mais encontros, mais respeito, mais filmes que gostaríamos de rever, mas que já passaram e não vão voltar.
Porque a vida real não tem reprise, não tem dublê.
E já que tudo vai mudar valorize quem continua com você.
Ouça este poema na voz do poeta Allan Dias Castro:
SOBRE O AUTOR:
Allan Dias Castro é poeta e tem a escrita como base para todos os seus projetos, de letras de música a programas de tv. Formado em Comunicação Social pela ESPM-RS, cursou Escrita Criativa na Escola de Escritores de Barcelona, na Espanha.
Gaúcho radicado no Rio de Janeiro, Allan lançou seu primeiro livro, O Zé-Ninguém, em 2014. Suas letras já foram musicadas por grandes nomes, como Roberto Menescal, e ele já declamou seus poemas ao lado de artistas como Oswaldo Montenegro e Marcos Suzano.
Desde 2016, integra o Reverb Poesia (@reverbpoesia), banda que viaja por todo o Brasil apresentando sua mistura de música e poesia falada. Com o Voz ao Verbo, projeto de vídeos com poemas autorais que deram origem a este livro, busca facilitar o acesso do público à poesia.
“Poeta é quem toma liberdades com a língua e o Allan Dias Castro faz isso com maestria. Sua poesia, sua prosa poética, seus epigramas e aforismos – e suas letras de musica – são exercícios de extrema liberdade. E entre o lírico, o satírico e o bem bolado, ele nos leva junto em cada voo.” Apresentação de Luis Fernando Verissimo para “O Zé-Ninguém”, livro lançado em 2014.
Você pode ler mais e conhecer o Allan Dias Castro: allandiascastro.com.br