A ideia de escrever Cartas para Maria surgiu na época em que eu faria o Caminho do Sol como preparatório para o Caminho de Santiago. A intenção inicial era escrever 11 cartas, ao longo de 11 dias de caminhada,  que seriam entregues ao final do caminho. Naquele ano eu e Guilherme (meu irmão) caminharíamos juntos, mas, por motivo de doença, tive a minha partida e meu sonho adiados.

Logo após o imprevisto conversei com a Carol Silveirauma nova peregrina passou a fazer parte do projeto Onze Dias e, para adequar a agenda de todos, adiamos por quase 1 ano a nossa partida.

Nesta segunda oportunidade a Micaela estava grávida do Francisco e acabei não escrevendo as cartas. A ideia ficou guardada e, por muito tempo, tive dificuldades em começar a escrever.

Durante a fase final do tratamento da Micaela, em uma das conversas com a Dra Suzana e a Adriana sobre o prognóstico e a situação que teríamos que enfrentar nos próximos meses, Adriana sugeriu que eu falasse com a minha esposa sobre ela escrever cartas que seriam deixadas às crianças e, em especial, para a Maria.

Não quis falar isso de forma direta para Micaela e me lembrei da ideia que deixara guardada. Comecei a escrever com a revisão da Micaela para que, de forma indireta, ela também pensasse na ideia e pudesse deixar algo escrito para as crianças. E ela assim o fez, não tornando público como eu fiz, em um caderninho que, em algum momento, no futuro, irei entregar às crianças.

E assim nasceu o Cartas para Maria onde escrevo cartas, bilhetes e afins para a minha filha Maria Clara que serão lidos em algum momento no futuro.

E o Francisco?

E o que faço com o Francisco? A primeira ideia foi criar um Cartas para Francisco (cartasparafrancisco.com.br) e que logo descartei pois não fez sentido ter dois sites. Além disso não existiriam cartas escritas para os dois?

Por isso, acabei incluindo aqui meus escritos para Francisco. Será divertido escrever para o meu melhor amigo.

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